A Dior é vista como uma grife lendária no mundo fashion. Vestidos, ternos, perfumes, bolsas e sapatos da marca são vistos hoje como arte, e qualquer lançamento da casa é vista como um grande acontecimento. Ao lado de Versace, Saint Laurent, Chanel e outras, a Dior se consagrou como uma das grifes mais influentes de todos os tempos. Mas, antes da Dior se tornar o sinônimo de glamour e sofisticação que é hoje, Christian Dior, o criador da grife, teve o primor de lançar uma das coleções mais sofisticadas da história da moda.

Antes de fundar a maison, Dior se formou em Relações Internacionais por conta da pressão do seu pai. No entanto, Christian Dior já realizava croquis e era um apaixonado por arte. Durante os anos 30, seus croquis ilustravam a seção de alta costura do jornal Figaro Illustre. A partir desse momento, realizou alguns croquis para várias casas de moda de Paris. Já em 1938, iniciou uma jornada ao lado do estilista suíço Robert Piguet. Piguet também trabalhou com Hubert de Givenchy.

Após ser convocado para o exército durante a Segunda Guerra, Dior voltou e trabalhou para a Maison de Lucien Lelong, que, ao lado de Pierre Balmain, criou coleções entre 1941 e 1946. Ainda em 1946, com ajuda de Marcel Boussac, um renomado empresário da indústria têxtil, Dior cria sua maison. Em sua primeira coleção, ele cria uma revolução.

Após anos de restrições causadas pela guerra, Dior cria um visual de opulência, sofisticação e feminilidade não visto em anos na história da moda. Suas peças carregam metros e metros de tecido. A Harper´s Bazaar chamou a coleção, que se chamava “Ligne Corolle”, de “The New Look”, devido a sofisticação do design. E Dior aderiu ao nome. O look principal se chamava “Tailleur Bar”, composto por um casaco de seda, bem acinturado, com uma saia plissê que passava dos joelhos. Além desses dois componentes, o visual era acompanhado de luvas, chapéu e salto.

Hoje, é possível ver a influência do look nas passarelas em todos os sentidos.